quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Homenagem A Quem Se Foi...Parte I (Nacional)

Recentemente, postei aqui sobre novelas dos Anos 50 e 60 e Seriados Americanos dos Anos 50 e 60. Não sei se você percebeu, mas muitos dos artistas daquele tempo ainda vivem. Mas outros, em compensação, já nos deixaram há tempos, ou recentemente (ontem morreu o ator John Herbert, aos 81 anos). Então, deixo aqui minha homenagem a esses artistas, que ensinaram muito aos atuais:

1) Walter Foster (1917/1996): trabalhou em telenovelas entre 1951 (Sua Vida Me Pertence) e 1995 (Sangue do Meu Sangue). Também atuou em mais de 20 filmes, além de ser o protagonista do primeiro beijo da TV brasileira, na telenovela Sua Vida Me Pertence, de 1951;

2) Amilton Fernandes (1919/1968): fez enorme sucesso na década de 60, no papel de Albertinho Limonta, na novela Direito de Nascer (1964). Morreu em decorrência de um acidente automobilístico, quando fazia o vilão da novela Sangue e Areia (1968);


3) Gloria Magadan (1920/2001): famosa autora cubana de telenovelas, que fez enorme sucesso nas décadas de 50 e 60. Escreveu Eu Compro Esta Mulher, O Sheik de Agadir, A Rainha Louca, O Homem Proibido e A Última Valsa, entre outros;

4) Carlos Alberto (1925/2007): começou no cinema em 1952, na Atlântida. Na TV, começou em 1964, na telenovela O Desconhecido. Depois foi para a Globo, onde atuou em telenovelas de Gloria Magadan, como Eu Compro Esta Mulher e O Homem Proibido. Casou com a também atriz Yoná Magalhães. Foram para a TV Tupi, mas o casamento chegou ao fim e ela retornou à Globo. Carlos Alberto voltou à Globo na década de 70, e participou da telenovela Pai Herói. Depois foi para a TV Manchete, onde participou das telenovelas Dona Beija e Kananga do Japão. Voltou à Globo, participando das telenovelas Salomé e Sonho Meu. Na Manchete novamente, participou de Tocaia Grande, Xica da Silva e Mandacaru. Terminou sua carreira na Globo, atuando em Os Maias e Chocolate Com Pimenta. Abaixo, Carlos Alberto quando era casado com Yoná Magalhães:


5) Leila Diniz (1945/1972): era professora primária quando conheceu o cineasta Domingos de Oliveira (1936/) e se casou com ele, aos 17 anos. O casamento durou apenas 3 anos, mas Leila se tornou atriz, começando sua carreira no teatro e depois na TV Globo, onde atuou em Eu Compro Esta Mulher, O Sheik de Agadir, A Rainha Louca, e outras. Também fez cinema, atuando em Todas As Mulheres do Mundo, Edu Coração de Ouro, Amor, Carnaval e Sonhos, e outros. Casou com o cineasta moçambicano Ruy Guerra (1931/)e teve uma filha, Janaína Diniz Guerra (1971/). Falava palavrões, posou grávida de biquíni (um escândalo, na época), foi perseguida pela Ditadura, deu entrevista polêmica, aumentando a Censura à imprensa... Morreu num acidente de avião, quando voltava da Austrália, aos 27 anos. Sua filha, Janaína, foi criada durante muito tempo pelo casal Chico Buarque e Marieta Severo (o pai estava sem condições psicológicas para criar a criança). Abaixo, Leila Diniz:


6) Zbigniew Marian Ziembiński (1908/1978): mais conhecido como Ziembinski, foi um ator e diretor de teatrocinema televisão. Atuou em Eu Compro Esta Mulher, A Rainha Louca, Bandeira 2, O Bofe, Cavalo de Aço, O Semideus e O Rebu, entre outras;


7) Sérgio Cardoso (1925/1972): começou sua carreira no teatro, e foi para a televisão já famoso. Fez telenovelas de sucesso na TV Tupi: O Preço de Uma Vida e Antônio Maria (seu maior sucesso na TV), por exemplo. Em 1969, foi para a TV Globo, onde fez A Cabana do Pai Tomás e Pigmaleão 70, entre outras. Vítima de Catalepsia (a pessoa parece morta), Sérgio realmente faleceu em 1972, mas surgiram boatos na época, de que ele teria sido enterrado vivo...


8) Plínio Marcos (1935/1999): ator, jornalista, autor de peças de teatro e diretor, Plínio Marcos marcou época. Começou a se envolver com teatro na década de 50 por influência da escritora e jornalista Pagu (Patrícia Galvão, 1910/1962). Em 1958, escreveu sua primeira peça teatral: Barrela, que foi proibida durante 21 anos. Em 1968, atuou na telenovela Beto Rockfeller, ao lado de Luís Gustavo. Também escreveu as peças Navalha na Carne, O Abajur Lilás e outras;




9) Rubens de Falco (1931/2008): foi um ator muito famoso na Globo, onde viveu o Imperador Maximiliano em A Rainha Louca, o Imperador Francisco José em A Última Valsa, o Coronel Leôncio em Escrava Isaura, o Barão de Araruna em Sinhá Moça, além de outros personagens, como o Conde Vladimir em Um Homem Muito Especial (TV Bandeirantes), Antonio di Salvio em Os Imigrantes (TV Bandeirantes) e o Comendador Almeida em Escrava Isaura (Rede Record). Reclamava que atores mais idosos não tinham chances, nas telenovelas brasileiras;


10) Zilka Salaberry (1917/2005): apesar de trabalhar em novelas desde a década de 60 (A Rainha Louca, Sangue e Areia, A Ponte dos Suspiros), foi em Irmãos Coragem que Zilka ficou mais famosa, fazendo o papel de Sinhana, a "mãe coragem". Depois, atuou em telenovelas na década de 70, como O Bofe, O Bem Amado, Supermanoela, Corrida do Ouro e O Casarão. Entre 1977 e 1986 foi a Dona Benta, do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Em 1986 retornou às telenovelas, atuando em Cambalacho. Depois atuou em O Outro, Vale Tudo, Que Rei Sou Eu?, Top Model, Araponga, Corpo Dourado e outras. Abaixo, Zilka como Dona Benta:




Alguns nomes, como Janete Clair, Dias Gomes, Mário Lago, Paulo Gracindo, John Herbert e Cassiano Gabus Mendes terão posts próprios...


Em breve, postarei a segunda parte, com artistas internacionais... 

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Grandes Nomes da TV 5 - Tarcísio Meira e Glória Menezes (Parte 2)

Janete Clair (1925/1983) se inspirou em As Três Máscaras de Eva (Corbett H. Thigpen e Hervey M. Cleckley), Os Irmãos Karamazov (Dostoiévski) e Mãe Coragem (Bertold Brecht), para escrever a novela Irmãos Coragem, que foi ao ar entre junho de 1970 e julho de 1971. Com direção de Daniel Filho, essa novela tinha, além de Tarcísio (João Coragem) e Glória (Lara/Diana/Márcia), a participação Cláudio Marzo (Duda), Cláudio Cavalcanti (Jerônimo), Regina Duarte (Ritinha), Zilka Salaberry (Sinhana), Lúcia Alves (Potira), Emiliano Queiroz (Juca Cipó), Sônia Braga (Lídia, primeiro personagem na TV), Gilberto Martinho (coronel Pedro Barros) e muitos outros.
A história se passava na cidade fictícia de Coroado, onde vivia Sinhana e seus filhos, os "irmãos Coragem". João descobriu um diamante, mas foi roubado pelo coronel Pedro Barros. Ao mesmo tempo que lutava contra o coronel, João se apaixonava por sua filha Lara, que tinha uma doença: múltiplas personalidades. Assim, ela também era Diana, seu extremo oposto, e Márcia, que ficava no meio termo entre as outras duas. Jerônimo entrava para a política e Duda jogava no Flamengo. Abaixo, Tarcísio e Glória em Irmãos Coragem:


Em 1971, os dois voltaram a atuar juntos na novela O Homem Que Deve Morrer, também de Janete Clair e também dirigida por Daniel Filho. Nela, Tarcísio era Cyro Valdez e Glória era Ester. Ela durou até 1972.

Em 1972, o casal interpretou, respectivamente, Dom Pedro I e a Marquesa de Santos, no filme Independência ou Morte, de Carlos Coimbra. O ator Dionísio Azevedo interpretou José Bonifácio, Kate Hansen foi a Imperatriz Leopoldina, Manuel da Nóbrega foi Dom João VI e Heloísa Helena foi Carlota Joaquina. Abaixo, cartaz do filme:



Em 1973, os dois estiveram juntos nas novelas Cavalo de Aço (novela de Walter Negrão) e O Semideus (novela de Janete Clair). A primeira foi ao ar entre janeiro e agosto de 1973, e contava a história de Rodrigo Soares (Tarcísio Meira), que voltava para a cidade de Vila da Prata, no Paraná, a  fim de se vingar do Sr. Max (Ziembinski), que havia assassinado sua família. Mas ele ficava dividido entre uma fazendeira rude, chamada Miranda (Glória) e Joana (Betty Faria), a filha de Max. Mas na metade da novela, Max foi assassinado. E, no fim, descobria-se que a assassina era Lenita (Arlete Salles).
A segunda novela, O Semideus, contava a história de Hugo Leonardo (Tarcísio), que era sequestrado por seus inimigos, Alberto (Juca de Oliveira), Gildo (Felipe Carone) e Dr. Lafayette (Paulo Padilha). Em seu lugar, era colocado um sósia, Raul (o próprio Tarcísio). Apenas Ângela (Glória), namorada de Hugo, e o jornalista Alex (Francisco Cuoco) é que desconfiavam dessa "mudança", principalmente quando o sósia trocava Ângela por Estela (Maria Cláudia). Abaixo, Francisco Cuoco, Glória Menezes e Tarcísio Meira em O Semideus:


Em 1975, os dois fizeram novelas separadas:

Tarcísio fez Escalada, novela de Lauro César Muniz, dirigida por Régis Cardoso, que contava a história de Antônio Dias, comerciante do interior de São Paulo, que ia melhorando de vida, e das suas mulheres: Cândida (Suzana Vieira), com quem tinha um casamento infeliz e Marina (Renée de Vielmond), a paixão de sua vida. Ele também participava da construção de Brasília. E essa novela foi a estréia do ator Ney Latorraca na Globo.

Enquanto isso, Glória fez a novela O Grito, de Jorge Andrade, com direção de Walter Avancini, Gonzaga Blota e Roberto Talma. Ela era Marta, uma ex-freira que ia morar no Edifício Paraíso com o filho Paulinho (Marcos Andreas). Neste edifício, havia desde pessoas pobres (zeladores), pessoas de classe média e alguns membros da família que construiu o prédio. A criança sofria de pesadelos e gritava durante a noite, fazendo com que alguns moradores quisessem expulsá-los dali. Walmor Chagas (Gilberto), Yoná Magalhães (Kátia), Rubens de Falco (Agenor), Tereza Rachel (Débora), Elizabeth Savalla (Pilar), Ney Latorraca (Sérgio), Isabel Ribeiro (Lúcia) e Lídia Brondi (Estela, seu primeiro papel na Globo), também estavam nessa novela.

Em 1976, Tarcísio Meira fez o papel de Dom Pedro I, na novela Saramandaia, de Dias Gomes (ele tinha feito o mesmo papel no filme Independência ou Morte, em 1972);

Em 1977, os dois voltaram a atuar juntos na novela Espelho Mágico, de Lauro César Muniz, com direção de Daniel Filho. A chamada da novela já resumia o seu conteúdo:

Tudo o que você sempre quis saber sobre a vida no teatro, cinema e TV. Espelho Mágico, onde a vida imita a arte;


Juca de Oliveira era Jordão Amaral, autor da novela Coquetel de Amor, que era dirigida por João Gabriel (Daniel Filho). Tarcísio era Diogo Maia, um ator famoso, que vivia o personagem Ciro na novela Coquetel de Amor, e Glória era Leila Lombardi, que vivia Rosana, na mesma novela. Os dois tinham um romance, mas a filha de Leila, Beatriz (Lídia Brondi) era contra, pois queria a mãe junto do pai (o autor Jordão Amaral). Por outro lado, Jordão estava casado com a atriz Nora Pellegini (Yoná Magalhães), e a tinha escalado pra novela, num papel secundário, gerando conflitos entre o casal. Nessa novela, ainda tinham outros "astros": Sônia Braga (Cíntia), Tony Ramos (Paulo, seu primeiro papel na Globo), Sérgio Britto (Gastão), Vera Fischer (Diana, seu primeiro papel na Globo), Pepita Rodrigues (Bruna) e muitos outros. Abaixo, Glória Menezes e Tony Ramos, em Espelho Mágico:


Em 1978, o casal não fez novelas. Mas em 1979, voltaram em novelas separadas, novamente:

Glória Menezes trabalhou na novela Pai Herói, escrita por Janete Clair e dirigida por Gonzaga Blota. Nela, vivia Ana Preta, dona da casa de samba Flor de Lys, que se envolvia com André (Tony Ramos), que também gostava de Carina (Elisabeth Savalla). André tentava descobrir quem matou seu pai (Lima Duarte) e acabava se tornando antagonista de Bruno Baldaracci (Paulo Autran). A grande pergunta dessa novela foi "quem matou César Maia (Carlos Zara)?" E a resposta foi: Bruno, que escapava vestido de pierrô. Abaixo, Glória Menezes como Ana Preta:


Assim que acabou Pai Herói, começou Os Gigantes, novela de Lauro César Muniz, dirigida por Régis Cardoso e Jardel Mello. Nela, Tarcísio era Fernando, que era apaixonado por Paloma (Dina Sfat). A moça era uma jornalista, e voltara à sua cidade natal para ver seu irmão Fred (Roberto de Cleto), que estava entre a vida e a morte. Paloma desligava os aparelhos, provocando a morte do irmão e criando uma intriga com sua ex-cunhada, Veridiana (Suzana Vieira). Também ficava dividida entre o amor de Fernando e Chico Rubião (Francisco Cuoco). Também trabalharam nessa novela: Vera Fischer (Helena), Lauro Corona (Polaco), Lídia Brondi (Renata), Joana Fomm (Vânia) e outros. Mas a novela não fez sucesso, pois tinha um clima muito pesado (morte, eutanásia, suicídio, etc.). Abaixo, Francisco Cuoco, Tarcísio Meira e Dina Sfat:


Para finalizar essa segunda parte da história do casal Tarcísio e Glória, um trecho de Irmãos Coragem (1970):


Logo postarei a parte 3...

sábado, 15 de janeiro de 2011

Seriados dos Anos 60

Hoje, vou escrever um pouco sobre os seriados dos Anos 60. Concerteza, muitos vão lembrar, pois aqui no Brasil, muitos deles passaram nos Anos 70, e até hoje, podemos encontrá-los, em algum canal de TV a Cabo:

1) Agente 86 (Get Smart): esse seriado foi realizado entre 1965 e 1970, num total de 5 Temporadas e 138 Capítulos. Tratava-se de uma Agência de Espionagem (C.O.N.T.R.O.L.), e de um espião totalmente trapalhão, o Agente 86, Maxwell Smart, vivido pelo ator Don Adams (1923/2005) e de sua assistente, a espiã Agente 99, vivida pela atriz Barbara Feldon (1932/). Abaixo, os dois:


2) Batman: esse seriado foi exibido entre 1967 e 1969, num total de apenas 3 Temporadas e 120 Capítulos. Mesmo assim, marcou uma época. Até hoje, as pessoas ainda lembram das cenas de briga, onde apareciam os "sons", como se fosse um HQ. De fato, a série foi idealizada nos quadrinhos da dupla Batman & Robin e em seus inimigos. Os personagens principais eram Batman (Adam West, 1928/), Robin (Burt Ward, 1945/), o mordomo Alfred (Alan Napier, 1903/1988), Batgirl (Yvonne Craig, 1937/, e os vilões Coringa (Cesar Romero, 1907/1994), Pinguim (Burgess Meredith, 1907/1997) e Mulher-Gato (Julie Newmar, 1933/). Abaixo, o trio de heróis:


3) Daniel Boone: essa série teve 6 Temporadas (1964 a 1970) e 165 Capítulos. Contava a história de Daniel Boone, um personagem que realmente existiu, e sua luta para trazer a civilização a uma área primitiva, infestada de índios e animais selvagens. Daniel Boone era vivido pelo ator Fess Parker (1924/2010), seu amigo índio Mingo era vivido por Ed Ames (1927/), sua mulher Rebecca era vivida pela atriz Patricia Blair (1931/), sua filha Jemima era vivida por Veronica Cartwright (1949/) e seu filho Israel era vivido pelo ator Darby Hinton (1957/). Abaixo, parte do elenco do seriado:


4) A Feiticeira (Bewitched): seriado que durou 8 Temporadas, de 1964 a 1972, e teve 254 Capítulos. Contava a história de uma feiticeira que se casava com um humano "normal" e tinham uma vida "normal",a pesar dela usar feitiços, muitas vezes. A feiticeira Samantha era vivida pela atriz Elizabeth Montgomery (1933/1995) e seu marido (Darrin Stephens) era vivido por Dick York (1928/1992), de 1964 até 1969. Como ele era viciado em calmantes e faltava muito às gravações, foi substituído por  Dick Sargent (1930/1994), que ficou até o final.  Completavam o cast as atrizes Agnes Moorehead (1900/1974) que fazia o papel de Endora, mãe de Samantha, as gêmeas Erin e Diane Murphy, que se revezavam no papel de Tabatha, filha de Samantha, e os gêmeos David e Greg Lawrence, que faziam o papel de Adam, filho de Samantha, nas temporadas de 1970 a 1972. Abaixo, a família de A Feiticeira:


5) Jeannie É um Gênio (I Dream Of Jeannie): seguindo a mesma linha da Feiticeira, Jeannie mostrava a vida de um astronauta que descobria uma lâmpada, como aquelas das 1010 Noites e, dentro dela, uma gênia, chamada Jeannie. Durante 5 Temporadas e 139 Capítulos, Jeannie fez sucesso enorme. Os astros principais eram Larry Hagman (1931/), que vivia o Major Anthony Nelson e Barbara Eden (1934/), que vivia Jeannie. Abaixo, os protagonistas:


6) Perdidos no Espaço (Lost In Space): apesar de durar pouco (3 Temporadas, 83Capítulos), o seriado Perdidos no Espaço fez enorme sucesso, entre 1965 e 1968. A idéia era original, para a época: uma família perdida no espaço, vivendo aventuras em diversos tipos de planetas. Essa família era composta pelo Dr. John Robinson (Guy Williams, 1924/1989) e sua esposa, a Drª Maureen Robinson (June Lockhart, 1925/), seus filhos Judy (Marta Kristen, 1945/), Penny (Angela Cartwright, 1952/) e Will (Billy Mumy, 1954/). Também estava na "expedição" o Major Don West (Mark Goddard, 1936/) e o Dr. Zachary Smith (Jonathan Harris, 1914/2002), além do Robô. Abaixo, o cast de Lost In Space:


7) Terra de Gigantes (Land of the Giants): seguindo o mesmo caminho que Perdidos no Espaço, Terra de Gigantes mostrava a saga de um grupo de passageiros da Spindrift, que acabavam parando num lugar onde tudo era gigantesco. A série durou duas temporadas, entre 1968 e 1970, e teve 51 Capítulos. Faziam parte do elenco: Gary Conway (Capitão Steve Burton), Don Marshall (1936, fez Dan Erickson), Don Matheson (1929, fez Mark Wilson), Kurt Kasznar (1913/1979, fez Alexander Fitzhugh), Stefan Arngrim (1955, fez Lockridge Barry), Deanna Lund (1937, fez Valerie Scott), Heather Young (fez Betty Hamilton) e Kevin Hagen (1928/2005, fez o Inspetor Kobick). Abaixo, o elenco:





8) Os Monstros (The Munsters): essa série durou pouco (duas temporadas, de 1964 a 1966, e 70 Capítulos), mas também marcou época. Era o dia-a-dia de uma família de monstros. O pai, Herman (vivido por Fred Gwynne, 1926/1993) era um frankstein; a mãe, Lily (vivida pela atriz Yvonne DeCarlo, 1922/2007) era uma vampira, assim como o Vovô (vivido pelo ator Al Lewis, 1923/2006) e o pequeno Eddie (vivido pelo ator-mirim Butch Patrick, 1953/) era um lobisomem. A única que "destoava" da família era Marilyn, que foi vivida pelas atrizes Beverley Owen (1937/) e Pat Priest (1936/). Abaixo, a "família":





9) Jornada nas Estrelas (Star Trek): essa série durou apenas 3 Temporadas (de 1966 a 1969) e teve 79 Capítulos. Mas gerou uma série de filmes e outras séries subsequentes, como nunca se vira até então. Até hoje, há encontros dos "Trekkies" que são os aficcionados nessa série, e existem até "aulas de Klingon", um dos idiomas interplanetários falados na série. A série mostrava as aventuras da nave Interprise e sua tripulação, formada pelo capitão James Kirk (William Shatner, 1931/), pelo Sr. Spock (Leonard Nimoy, 1931/), o médico Leonard McCoy (DeForest Kelley, 1920/1999), o comandante Scott (James Doohan, 1920/2005), o tenente Sulu (George Takei, 1937/), a tenente Uhura (Nichelle Nichols, 1932) e o alferes Pavel Chekov (Walter Koenig, 1936/). Abaixo, o elenco de Jornada nas Estrelas (a loira é Majel Barrett - 1932/2008, esposa do criador de Star Trek, Gene Roddenberry, que viveu a enfermeira Chapel): 




10) The Monkees: na esteira do sucesso dos Beatles, surgiram muitos "quartetos", e os Monkees eram um deles. Os quatro rapazes da série também gravaram hits que "fizeram a cabeça" de gerações. A série teve 2 Temporadas (1966 a 1968) e 58 Capítulos, e "imortalizou" músicas como This Just Doesn’t Seem to Be My DayTake a Giant StepLast Train to Clarksville, I Wanna Be FreeI'm a Believer, e muitas outras. Os Monkees eram: Micky Dolenz (1945/), Davy Jones (1945/), Michael Nesmith (1942/) e Peter Tork (1942/):




E agora, o clipe da música I'm A Believer (Eu Sou Um Crente), que embalou também o filme Shrek (2001):



quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Grandes Nomes da TV 5 - Tarcísio Meira e Glória Menezes (Parte 1)

Tarcísio Magalhães Sobrinho nasceu em São Paulo, em 5 de outubro de 1935. Descendente de uma família "quatrocentona" (famílias de São Paulo, com nomes e tradição bem conhecidos), Tarcísio enveredou para o teatro, estreando em 1957, na peça A Hora Marcada. Em 1959 fez O Soldado Tanaka, a convite do ator Sérgio Cardoso (1925/1972).
Na televisão, Tarcísio estreou no teleteatro Noites Brancas, da extinta TV Tupi. Em 1963, ainda na Tupi, contracenou pela primeira vez com Glória Menezes, com quem casaria logo depois.

Nilcedes Soares Magalhães Sobrinho nasceu em Pelotas (RS), em 19 de outubro de 1934. Estudou piano desde pequena e, aos 16 anos, ganhou uma bolsa de estudos para continuar sua formação musical em Paris. A família não deixou, e Nilcedes logo casou com um primo, com quem teria dois filhos, Maria Amélia e João Paulo. O casamento durou oito anos.
Depois, ela foi para São Paulo, onde começou a se dedicar ao teatro. Em 1960, foi premiada como atriz revelação, por seu papel em As Feiticeiras de Salém, de Antunes Filho (1929/).
Logo começou a fazer teleteatro e também foi premiada, por seu papel em Um Lugar Ao Sol.

Em 1962, fez seu primeiro papel no cinema, no filme O Pagador de Promessas, onde interpretava Rosa, a mulher do "pagador de promessas" Zé do Burro, vivido pelo ator Leonardo Villar (1924/). O filme foi baseado na peça escrita por Dias Gomes (1922/1999), dirigido por Anselmo Duarte (1920/2009) e tinha, no elenco, Dionísio Azevedo (1922/1994), Norma Bengell (1935/) e Geraldo Del Rey (1930/1993). Esse filme recebeu a Palma de Ouro do Festival de Cannes (1962), e foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 1963.

Em 1963, Tarcísio Meira e Nilcedes (agora Glória Menezes) contracenaram juntos, na primeira telenovela diária da televisão brasileira: 25499 Ocupado (TV Excelsior). Ele era Larry e ela era Emily. Além deles, a novela ainda contava com Lolita Rodrigues e Neuza Amaral.


Tarcísio e Glória se casaram tempos depois...

Em 1964, os dois fizeram novelas diferentes, mas em 1965, voltaram a contracenar numa mesma novela: A Deusa Vencida, também na TV Excelsior. Escrita por Ivani Ribeiro (1922/1995), essa novela tinha, ainda, no elenco, Regina Duarte e Ruth de Souza, ambas em sua primeira novela.

Ainda em 1965, Tarcísio escreveu, dirigiu e atuou na novela Pedra Redonda, 39 (TV Excelsior), juntamente com Glória Menezes. Essa novela foi gravada no Rio Grande do Sul.

Em 1966, Tarcísio e Glória atuaram juntos na novela Almas de Pedra (TV Excelsior), de Ivani Ribeiro. Nela, Glória fazia o papel de Cristina, uma moça que quer se vingar da morte de seu pai, que fora assassinado. Assim, ela tem "aulas de masculinidade" com Danilo (Tarcísio) por quem se apaixona. Vestida de homem, Cristina virou Cristiano. Nessa novela também trabalharam Francisco Cuoco, Suzana Vieira, Íris Bruzzi, Armando Bógus e Paulo Figueiredo, entre outros. Abaixo, Suzana Vieira, Glória Menezes (como Cristiano) e Íris Bruzzi:


Em 1967, o casal "migrou" para a TV Globo, onde contracenou na novela Sangue e Areia, de Janete Clair. O diretor era Daneil Filho, que também dirigia O Homem Proibido, de Glória Magadan. Como Sangue e Areia estava fazendo mais sucesso que O Homem Proibido, Glória Magadan obrigou Daniel Filho a abandonar a Direção, deixando-a nas mãos de Régis Cardoso. Para piorar, o ator Amílton Fernandes, que vivia o vilão Ricardo, faleceu num acidente de automóvel, e a novela ficou ainda mais complicada...Além do casal, a novela contou com Cláudio Marzo, Myrian Pérsia, Arlete Salles (ambas estreando na Globo, também), Zilka Salaberry, Carlos Eduardo Dolabella e Nelson Xavier, entre outros.


Em 1968, fizeram uma "inversão" com dois casais tradicionais: Tarcísio e Glória e Carlos Alberto e Yoná Magalhães. Glória e Carlos Alberto fizeram "par romântico" na novela Passo dos Ventos, de Janete Clair, enquanto Tarcísio Meira fazia "par romântico" com Yoná Magalhães, em A Gata de Vison, escrita por Glória Magadan. Mas as duas novelas não fizeram sucesso, e logo a Globo voltaria a juntar os dois casais: Tarcísio e Glória em Rosa Rebelde e Carlos Alberto e Yoná em A Ponte dos Suspiros, ambas de 1969.

Mas o maior sucesso de ambos viria em 1970, com a novela Irmãos Coragem...(continua)

sábado, 8 de janeiro de 2011

Trilhas Sonoras - Anos 60

Como você deve ter visto, foi nos anos 60 que as novelas começaram a ter trilhas sonoras exclusivas, sem orquestrações. Mas, e quais foram as principais músicas dessas trilhas sonoras? Vejamos:

1) Amor Eterno: a cantora Morgana cantava essa música, tema da novela Direito de Nascer (TV Tupi, 1964/1965), cujos versos iniciais eram:

Amor eterno amor
É o direito de viver
Amor eterno amor
Direito de nascer
De amor meus sonhos fiz
Pra ser feliz, quanto sofri
É sempre o amor mais forte
Mais forte do que a morte
Viver, crescer, vencer
Direito de nascer

2) Músicas Portuguesas: Altamiro Carrilho (1924/) animou a novela Antônio Maria (TV Tupi, 1968/1969) com a trilha sonora composta de clássicos lusos: Coimbra, Uma Casa Portuguesa, Bailinho da Madeira, A Rosinha dos Limões e Tiroliroliro. O ator Sérgio Cardoso cantava Canção do Mar, cujos versos eram:


Fui bailar no meu batel
Além do mar cruel
E o mar bramindo
Diz que eu fui roubar
A luz sem par
Do teu olhar tão lindo

Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração
3) I Started A Joke (Eu Comecei Uma Piada): essa música dos Bee Gees parecia ideal para embalar os capítulos da novela Beto Rockfeller (1968/1069). Esse era o tema de Maitê (Maria Della Costa);
4) Sentado À Beira do Caminho: essa música, de Roberto e Erasmo Carlos, era o tema de Beto (Luiz Gustavo), na novela Beto Rockfeller:
Eu não posso mais ficar aqui a esperar
Que um dia, de repente, você volte para mim
Vejo caminhões e carros apressados a passar por mim
Estou sentado à beira de um caminho que não tem mais fim
5) Trilha de Nino, o Italianinho: curiosamente, quem cantava ou declamava as músicas da novela eram os atores: Juca de Oliveira declamava A Última Palavra, Wilson Fragoso declamava Os Pensamentos Teus, Aracy Balabanian cantava o Tema de Branca, Paulo Figueiredo cantava O Dia Em Que Eu Chegar e Denis Carvalho cantava O Sonho Impossível. E ainda tinha Canção Para o Nosso Amor e Nino, na voz de Benito Di Paula;
6) Teletema: Regininha cantava o tema de Marcelo (Cláudio Marzo) e Andréa (Regina Duarte), na novela Véu de Noiva (Globo, 1969), de Janete Clair:
Rumo
Estrada turva
Sou despedida
Por entre
Lenços brancos
De partida
Em cada curva
Sem ter você
Vou mais só
7) Gente Humilde: Chico Buarque fez essa música na Itália, onde estava exilado. Quem interpretou foi a cantora Márcia:
Tem certos dias

Em que eu penso em minha gente
E sinto assim
Todo o meu peito se apertar
Porque parece
Que acontece de repente
Como um desejo de eu viver
Sem me notar


8) Irene: essa música foi feita por Caetano Veloso, antes de ir para Londres, exilado pela Ditadura. Quem a gravou foi a não menos famosa Elis Regina:
Eu quero ir, minha gente, eu não sou daqui
Eu não tenho nada, quero ver Irene rir
Quero ver Irene dar sua risada
Quero ver Irene dar sua risada
Irene ri, Irene ri, Irene
Irene ri, Irene ri, Irene
Quero ver Irene dar sua risada

Abaixo: cenas da novela Vestido de Noiva:






Novelas dos Anos 50 e 60 - Parte 3 (Final)

Os Miseráveis - novela de Walter Negrão, baseada na obra de Victor Hugo (1802/1885), e escrita para a TV Bandeirantes, em 1967 (primeira novela dessa emissora). Leonardo Villar era Jean Valjean e Maria Isabel de Lizandra era Cosette. 


O Santo Mestiço - escrita por Gloria Magadan, essa novela colocou o ator Sérgio Cardoso em três papéis. Ele ficou tão indignado com o "texto mal escrito" da autora, que acabou dando início ao movimento que a tiraria da TV Globo...

Passo dos Ventos - novela escrita por Janete Clair, em 1968, para a TV Globo. Tentou juntar Carlos Alberto e Glória Menezes, e não deu certo. O ator Mário Lago foi preso pela Ditadura e teve que ser substituído, e os artistas Jorge Coutinho (negro) e Djenane Machado (branca) viviam um amor que causou indignação e repúdio, sendo considerado "impossível";


A Gata de Vison - novela que Gloria Magadan escreveu para a Globo, em 1968, com supervisão de Daniel Filho. Tarcísio Meira saiu da novela, Daniel Filho saiu da Globo e o ator Celso Marques morreu, num acidente automobilístico (16/09/68). Foi o começo do fim, para Glória Magadan...


Antônio Maria - novela escrita por Geraldo Vietri e Walter Negrão, para a TV Tupi, em 1968. O ator Sérgio Cardoso, em seu último trabalho para a TV Tupi (depois iria para a Globo) interpretou um português, que fazia par romântico com Aracy Balabanian (Heloísa). Nessa novela também atuavam Denis Carvalho (Eduardo), Tony Ramos (Gustavo) e Paulo Figueiredo (Otávio);


Beto Rockfeller - novela concebida por Cassiano Gabus Mendes, e escrita por Bráulio Pedroso, Eloy Araújo, Ilo Bandeira e Guido Junqueira, com direção de Lima Duarte e Walter Avancini, para a TV Tupi, em 1968. Essa novela foi um "divisor de águas" na teledramaturgia brasileira, ao mostrar personagens da vida real, falando como as pessoas falam nas ruas, e mostrando o lado bom e o lado ruim de cada um (não havia o "mocinho" e o "vilão"). Beto (Luiz Gustavo) namorava Cida (Ana Rosa) e era um vendedor de sapatos, que se passava por ricaço e conquistava Lu (Débora Duarte). Mas também havia Renata (Bete Mendes), que a princípio odiava Beto, mas depois se apaixonava por ele, e Manuela (Marília Pera) que também teve um romance com ele. Sem contar Vitório (Plínio Marcos), melhor amigo de Beto, que acabava se apaixonando por Cida...Abaixo, Luiz Gustavo e Bete Mendes:


Rosa Rebelde - novela escrita por Janete Clair, para a TV Globo, em 1969. O par romântico era formado por Tarcísio Meira e Glória Menezes. A ação se passava no século XIX. Quase no final da novela, os estúdios da TV Globo em São Paulo pegaram fogo, e a novela teve de ser esticada em mais 100 capítulos, devido à impossibilidade de se fazer outras em tão curto espaço de tempo. O recurso utilizado foi "dar um salto no tempo", e Glória e Tarcísio interpretarem "filhos" dos protagonistas originais, inclusive com Glória se vestindo de menino...Foi a última novela de época da Globo (naquele tempo), e Glória Magadan foi despedida da Globo, que pretendia se renovar...

A Ponte dos Suspiros - essa novela foi a primeira escrita por Dias Gomes para a Globo, em 1969. Mas, como ele era "visado" pela Ditadura, assinava como Stela Calderón. Foi a primeira novela de Diogo Vilela e teve várias cenas de Marco Nanini, ainda como extra...

A Cabana do Pai Tomás - novela realizada em 1969, na TV Globo. O ator Sérgio Cardoso se pintava de negro para interpretar o personagem, o que causou muitas críticas. Um incêndio nos estúdios da emissora, em São Paulo acabou prejudicando a novela, que acabou virando um bang-bang...Abaixo, Sérgio Cardoso e Ruth de Souza:


Véu de Noiva - novela escrita por Janete Clair para a TV Globo, em 1969. Dando início à modernidade em novelas (sem as "antiguidades" de Glória Magadan), Janete Clair e Daniel Filho fizeram coisas muito avançadas para a época: trouxeram Regina Duarte para a Globo, envolveram o tema da Fórmula 1 na trama, mostraram cenas do Rio de Janeiro, e os lugares da moda, fizeram com que o personagem de Mýrian Pérsia aparecesse se consultando com o médico de outra novela (Verão Vermelho), de Dias Gomes, criaram uma situação inusitada, em que um juíz de verdade e um julgamento de verdade decidissem de quem era o filho (da mãe verdadeira ou da mãe adotiva) e até "mataram" um personagem, cujo ator foi pra TV Tupi (Geraldo Del Rey). Além disso, essa foi a primeira novela a ter trilha sonora exclusiva, com músicas como Teletema, cantada por Regininha, Irene, feita por Caetano Veloso antes de ir em exílio para a Inglaterra, e Gente Humilde, feita na Itália por Chico Buarque (ambos estavam fora do país por causa da Ditadura). Os protagonistas eram Cláudio Marzo (Marcelo), Regina Duarte (Andréa) e Betty Faria (Irene). Abaixo, a capa do disco da novela:


Nino, O Italianinho - depois do sucesso do português Antônio Maria (Sérgio Cardoso), a TV Tupi resolveu apostar em outro imigrante: Nino, vivido pelo ator Juca de Oliveira. Além da "antiestrela" Aracy Balabanian, a novela teve tipos inesquecíveis, como Dona Santa, vivida por Myrian Muniz, a fofoqueira Dona Nena (Dirce Migliaccio) e o turco Max (Marcos Plonka), entre outros. Na novela, Nino é um açougueiro italiano do Bexiga (bairro de São Paulo), apaixonado pela ambiciosa Nathália (Bibi Vogel), que sonha em se casar com seu patrão Renato (Wilson Fragoso). Enquanto isso, ele não sabe que Bianca (Aracy Balabanian), sua amiga não muito bonita e manca, é apaixonada por ele. Na foto abaixo, Aracy, Juca e Bibi:


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Grandes Nomes da TV 4 - Glória Magadan (1920/2001)

Maria Magdalena Iturrioz y Placencia nasceu em 1920, na cidade de Havana, Cuba. Com a Revolução Cubana (1959), Glória se refugiou em Porto Rico, onde começou a trabalhar para a Telemundo (estação de TV local) e escrever telenovelas sob patrocínio da Colgate-Palmolive.
De Porto Rico, ela foi enviada para a Venezuela e, em 1964, para o Brasil. Aqui, começou a trabalhar na TV Tupi, junto com Walter George Durst (1922/1997) e Daniel Más (1943/1989). 
Em 1965, foi contratada pela TV Globo. Em 1967, ela estava escrevendo a novela Anastácia, A Mulher Sem Destino, e convidou a também escritora Janete Clair para terminá-la. Assim, podemos dizer que Janete Clair fez sucesso na Globo devido à força que recebeu de Glória.
Mas o sucesso de Janete fez com que Glória começasse a se incomodar, gerando atritos entre as duas. Glória acusou o diretor Daniel Filho de dar mais atenção a Janete, o que provocou o seu afastamento (voluntário) da Globo.
Mas o mundo estava mudando: as novelas contemporâneas da Tupi e da Record estavam tendo mais audiência que as novelas da Globo e, em 1969, Glória foi dispensada, para que Janete Clair pudesse escrever mais novelas e mais livremente (Glória valorizava novelas de época).
Glória ainda voltou à TV Tupi, onde escreveu E Nós, Aonde Vamos? (1970), mas a novela foi um fracasso. Assim, ela foi morar em Miami, onde ficou até a sua morte, em 2001.
Suas principais novelas foram:


Eu Compro Essa Mulher - Telemundo - (1960)
Eu Compro Essa Mulher - Globo - 1966
O Sheik de Agadir - Globo - 1966
A Rainha Louca - Globo - 1967
A Gata de Vison - Globo - 1968
A Última Valsa - Globo - 1969