Em 1993, Tarcísio Meira trabalhou na novela Fera Ferida, de Aguinaldo Silva. Essa novela teve 209 capítulos e mostrava a cidade de Tubiacanga. Tarcísio Meira era Feliciano Mota da Costa, homem que acreditava que nessa cidade havia ouro. Mas, após enganar os moradores, ele e sua esposa foram mortos e enterrados por seu filho, Feliciano Júnior. Quinze anos se passavam, e Feliciano voltava à cidade, disfarçado como Raimundo Flamel (Edson Celulari) e decidido a se vingar do Prefeito Demóstenes (José Wilker) e do Major Emiliano Bentes (Lima Duarte). Nessa novela também trabalharam Giulia Gam (Linda Inês), Susana Vieira (Rubra Rosa), Joanna Fomm (Salustiana), Arlete Salles (Margarida Weber), Cássia Kiss (Ilka Tibiriçá) e Paulo Gorgulho (Ataliba Timbó). Essa novela marcou a estréia dos atores Murilo Benício (Fabrício) e Camila Pitanga (Teresinha).
Depois, Tarcísio trabalhou na novela Pátria Minha, entre 1994 e 1995. Essa novela foi escrita por Gilberto Braga e contava a história de Raul Pellegrini, um empresário inescrupuloso, que se envolvia em muitos conflitos com a estudante Alice. Raul, vivido por Tarcísio Meira, era casado com Teresa (Eva Wilma). Ele provocava um atropelamento, e tentava obrigar Alice (Cláudia Abreu) a testemunhar em seu favor. Alice namorava Rodrigo (Fábio Assunção), sobrinho de Lídia Laport (Vera Fischer), que tentava conquistar Raul, para sair da pobreza. Ao mesmo tempo, a moça conhecia Pedro (José Mayer), que voltava dos Estados Unidos e encontrava a família numa situação péssima, se voltando contra Raul. Vera Fischer não chegou ao final: ela e seu marido, Felipe Camargo, provocaram tanto tumulto, que acabaram sendo despedidos da Globo (ele vivia Inácio, na mesma novela). Além disso, houve uma cena em que Raul ofendia o personagem vivido pelo ator Alexandre Moreno, chamando-o de "negro safado". Essa cena causou a maior polêmica entre uma rede de TV e o movimento negro, de toda a História da TV. A atriz Taís Araújo aparecia rapidamente na abertura da novela.
Em 1995, foi a vez de Glória Menezes voltar às novelas. Desta vez, ela viveu Júlia Braga, na novela A Próxima Vítima, de Sílvio de Abreu, e que teve 203 capítulos. A personagem dela foi inspirada na artista plástica Yvonne Bezerra de Mello, que cuidava de crianças de rua, na época da Chacina da Candelária (1992). Júlia era tia de Irene, personagem vivido pela atriz Vivianne Pasmanter. Irene era estudante de direito e decidia investigar uma série de assassinatos, onde seu pai (Francisco Cuoco) e sua tia (Glória) foram vítimas. Sílvio de Abreu demonstrou ser um mestre do suspense, ao fazer com que o Brasil não ficasse apenas tentando descobrir quem era o assassino, mas também quem seria a "próxima vítima", como sugeria o nome da novela. Além de Francisco e Glória, também foram "assassinados" os personagens de Carlos Eduardo Dolabella, Maria Helena Dias, Reginaldo Faria, José Augusto Branco, Liana Duval, Antônio Pitanga, Otávio Augusto e Gianfrancesco Guarnieri. Na versão brasileira, o assassino era Adalberto Vasconcellos (Cecil Thiré). Mas Isabela (Cláudia Ohana matou Andréa (Vera Gimenez), Bruno (Alexandre Borges) matou Romana (Rosamaria Murtinho) e Olavo (Paulo Betti) matou Adalberto. Na versão internacional, Eliseo (Gianfrancesco Guarnieri) matou Giggio (Carlos Eduardo Dolabella), Bruno (Alexandre Borges) matou Eliseo, Ulisses (Otávio Augusto) matou sete pessoas, forjou a própria morte, mas se suicidou no final, ao ser descoberto por Olavo (Paulo Betti). Além disso, Sílvio de Abreu criou uma família de negros de classe média, um casal homossexual (vividos por André Gonçalves, que chegou a ser agredido na rua, e Lui Mendes), a "mafiosa" Filomena Ferreto (Aracy Balabanian) e a prostituta Quitéria (Vera Holtz). Foi a estréia de Alexandre Borges.
Em 1996, os dois trabalharam em novelas: ela na novela Vira-Lata e ele na novela O Rei do Gado.
Vira-Lata foi uma novela que passou na televisão no horário das 19 horas, foi escrita por Carlos Lombardi e teve 152 capítulos. Glória Menezes era Stella, mulher que vivia tentando pegar o marido aprontador, vivido por Mário Gomes. Essa novela não fez muito sucesso, por vários motivos, entre eles a superexposição do corpo humano, a vulgaridade e o erotismo apelativo.
O Rei do Gado foi escrita por Benedito Ruy Barbosa, para o horário das 20 horas, e teve 209 capítulos. Na primeira fase da novela, a jovem Giovanna Berdinazzi (Letícia Spiller) e o jovem Enrico Mezenga (Leonardo Brício) se apaixonavam, na época da Segunda Guerra, e tinham um filho: Bruno Mezenga (Antônio Fagundes). Ele era o "Rei do Gado", casado com Léia (Sílvia Pfeiffer) e pai de Marcos (Fábio Assunção) e Lia (Lavínia Vlasak). Ao descobrir a traição da esposa com o motorista Ralf (Oscar Magrini), Bruno se separava dela. Depois, se apaixonava por Luana (Patricia Pillar), uma bóia-fria. Tarcísio Meira teve curta participação, como Giuseppe Berdinazzi, pai de Enrico e avô de Bruno. Destaque para os atores Raul Cortez (Geremias Berdinazzi) e Carlos Vereza (Senador Caxias). Estréia de Marcello Antony, Caco Ciocler, Lavínia Vlasak e Emilio Orciollo Netto. Abaixo, Tarcísio Meira e Antonio Fagundes, que fez o papel duplo de avô (Antonio) e neto (Bruno).
Em 1998, o casal Tarcísio e Glória trabalharam juntos, na mesma novela, depois de anos "separados". A novela em questão foi Torre de Babel, escrita por Sílvio de Abreu, para o horário das 20 horas, com 203 capítulos. Tarcísio era César Toledo e Glória era Marta, usa esposa. Ele era um empresário que construiu um shopping. Clementino, personagem interpretado por Tony Ramos, era pedreiro na obra, e matava sua esposa, indo preso. Vinte anos depois, ele saía, desejando vingança. César, a essa altura, estava em crise no casamento, não se entendia com o filho mais velho Henrique (Edson Celulari), tinha problemas com o filho do meio, Alexandre (Marcos Palmeira) e com o mais novo, Guilherme (Marcello Antony), que era dependente químico. E ainda se envolvia com a advogada Lúcia Prado (Natália do Valle). Ainda havia o casal homossexual, vivido pelas atrizes Sílvia Pfeiffer e Christiane Torloni, que morreram na explosão do shopping. No final da novela, descobriu-se que a causadora da explosão foi Sandrinha (Adriana Estevez), filha de Clementino.
Continua...
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